Subprefeitura Butantã

Quinta-feira, 13 de Novembro de 2025 | Horário: 18:00
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Prefeitura reforça diagnóstico precoce de diabetes e cuidado integrado para garantir qualidade de vida aos pacientes

UBSs são a porta de entrada para prevenção, diagnóstico e acompanhamento da doença, com ações que vão de atividades físicas ao Programa de Automonitoramento Glicêmico

O cuidado com a diabetes na rede municipal de saúde de São Paulo começa nas 479 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), com o trabalho das equipes multiprofissionais, que atuam na prevenção, no diagnóstico e no acompanhamento das doenças crônicas. A Prefeitura reforça a importância desse diagnóstico precoce e do cuidado contínuo para quem vive com essa que é uma das principais Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs), multifatorial e ligada, na maior parte dos casos, por fatores comportamentais e estilo de vida.

Além dos testes rápidos e outras formas de diagnóstico, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) promove o Programa de Automonitoramento Glicêmico (Pamg), que acontece em todas as UBSs da capital fornecendo aos pacientes diagnósticos e insumos como tiras, lancetas e seringas.  Por meio do suporte ao tratamento adequado, o Pamg já beneficiou mais de 400 mil pacientes desde a sua criação. 

Segundo o assessor técnico da Divisão de Doenças Crônicas da Atenção Básica da SMS, Marcelo Takiishi Scrocco, a ampliação do diagnóstico é uma conquista importante: “o diagnóstico é o ponto de partida para a jornada de cuidado do paciente. Só depois de identificar a doença é possível garantir o tratamento adequado, o acesso aos insumos, como no Programa de Automonitoramento Glicêmico (Pamg), e o suporte da equipe de saúde, evitando, assim, as complicações graves da diabetes. Controlar a diabetes desde o início permite que o paciente tenha uma vida com mais qualidade, sem as restrições causadas pelas complicações”.

A pesquisa ISA Capital 2024 mostra que os casos de diabetes vêm crescendo significativamente na cidade: 11% dos paulistanos com mais de 20 anos afirmaram ter recebido o diagnóstico, um aumento expressivo em relação aos 7,7% registrados em 2015. Entre os idosos, o índice chega a 28,2%.

Em muitas unidades de saúde, o cuidado vai além da consulta e se estende à educação em saúde, à prática de atividades físicas e ao suporte emocional. Na UBS Paraisópolis III, administrada pelo Einstein Hospital Israelita, por exemplo, a nutricionista Bianca Nocit coordena grupos que ajudam pacientes a compreender e lidar melhor com a doença: “a alimentação e a atividade física são pilares no controle do diabetes. Em nossos grupos, oferecemos orientações personalizadas, monitoramos a curva glicêmica, damos dicas de alimentação e criamos o grupo Mexa-se, com mais de 150 participantes. Essa atenção integrada faz com que o paciente entenda a doença e se torne protagonista do seu tratamento.” 

A paraguaia Manuela Dominguez González, 61, é um exemplo disso. Diagnosticada com diabetes em 2003, González tinha muita dificuldade de aderir ao tratamento, porque achava que ele se resumia à insulina, por isso, vivia com a glicose descompensada. “Só quando comecei a participar dos grupos de nutrição é que fui entender os riscos da doença e compreender que mudar o estilo de vida é uma parte fundamental do tratamento. Por isso, comecei a fazer caminhada e a participar do grupo Mexa-se. Agora, a minha hemoglobina glicada passou de 12 para 6”.
 
As UBSs da capital oferecem grupos de prática de atividades físicas e educação em saúde, com foco na alimentação equilibrada e na prevenção de complicações. Para Marcelo Takiishi Scrocco, a linha de cuidado centrada no paciente é fundamental para que o usuário mude o estilo de vida e se comprometa com o autocuidado. “As equipes conseguem identificar os fatores de risco de cada família e as condições de vida que devem ser levadas em conta para que o projeto terapêutico seja compatível com a realidade delas”.
 
Entre os demais programas de destaque disponíveis na rede municipal, estão:

  • Viva a Vida com Diabetes – um programa educativo que fortalece o cuidado das pessoas com diabetes, oferecendo atendimento médico, nutricional e farmacêutico individualizado, visando reduzir os índices de hemoglobina glicosada dos pacientes diabéticos; 
  • Práticas Integrativas e Complementares (Pics) – presentes nas UBSs, com atividades como yoga e meditação, que ajudam no controle emocional e na adesão ao tratamento;
  • Cantinho Cuidando de Todos – espaço criado nas UBSs para aprimorar o diagnóstico e o controle das DCNTs, facilitando a aferição de pressão arterial, peso, altura e outros indicadores.

A população pode encontrar a unidade de saúde mais próxima por meio da plataforma Busca Saúde.

Imagens de apoio:
https://we.tl/t-pXvNDbcdqJ 

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