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Quarta-feira, 17 de Setembro de 2025 | Horário: 11:22
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No mês de conscientização da doença de Alzheimer, conheça serviços da Prefeitura voltados ao cuidado de pacientes e cuidadores

Unidades de Referência à Saúde do Idoso são destaque na promoção do bem-estar e autonomia

Durante o Setembro Lilás, mês de conscientização da doença de Alzheimer, a Prefeitura de São Paulo ressalta os serviços disponíveis para o cuidado de pacientes e cuidadores. Equipamentos da Rede Municipal de Saúde, como UBS e Unidades de Referência à Saúde do Idoso, oferecem atendimento especializado, consultas e acompanhamento, além de ações educativas, palestras e rodas de conversa.

Administradas pela Secretaria Municipal da Saúde, as Unidades de Referência à Saúde do Idoso (Ursis), mostram o investimento da capital no acolhimento de pessoas idosas. Com equipes multiprofissionais formadas por médicos geriatras, enfermeiros, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, farmacêuticos, nutricionistas, psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, educadores físicos e dentistas que trabalham de forma integrada, o equipamento garante diagnóstico precoce, acompanhamento clínico e suporte emocional aos pacientes e familiares. Para os cuidadores, as Ursis oferecem formação e educação em saúde, promovendo um atendimento humanizado e referência na rede municipal.

Para ser atendido em uma Unidade de Referência à Saúde do Idosos, é necessário ser encaminhado por uma UBS de referência, que dará o diagnóstico e construirá, com auxílio da equipe multiprofissional, um Projeto Terapêutico Singular (PTS) a partir de demandas do paciente, avaliadas pela Avaliação Multidimensional da Pessoa Idosa na Atenção Básica (Ampi-AB), realizando consultas individuais e atividades em grupo, como corais, passeios e atividades voltadas para cognição e ativação da memória.

Além dos tratamentos e consultas, a Prefeitura também oferece o Programa Acompanhante de Idosos (PAI). Disponível em todas as regiões da capital, o serviço disponibiliza profissionais da saúde e acompanhantes de idosos para auxiliar em consultas médicas e outras atividades da vida diária.

 

A importância do cuidado integral na atenção à saúde da pessoa idosa

Há um ano, Alaíde Pereira de Carvalho, 75 anos, recebeu o diagnóstico da doença de Alzheimer, um momento que a abalou profundamente. “Eu sabia o que esperar da doença e isso me deixou sem chão. Guardava os sintomas só para mim, e quando entrei na Ursi e vi aquele painel com todos os sintomas, percebi que eu tinha todos eles e que não era um problema só meu”, lembra. 

Para Alaíde, o acolhimento no equipamento foi determinante não apenas para que ela aceitasse o diagnóstico, mas também para iniciar o tratamento precoce e deter o avanço da doença. “Aqui me sinto cuidada de forma completa. Passo por uma equipe multiprofissional que me trata com muito carinho”, conta a aposentada, que passou a ser acompanhada por uma cuidadora do Programa Acompanhante de Idosos (PAI).

O Alzheimer compromete a memória e a autonomia, exigindo acompanhamento contínuo não só do paciente, mas também de quem assume o papel de cuidador. Para a médica geriatra Bruna Andolphi, “a doença provoca um declínio lento e progressivo das funções cognitivas — memória, linguagem e orientação — afetando atividades que antes a pessoa realizava com facilidade. O atendimento integral é fundamental para o sucesso do tratamento, impactando positivamente o prognóstico e a qualidade de vida do paciente. Quanto mais cedo for o diagnóstico, melhores os resultados.”

A aposentada Sandra Regina Mateus Rodrigues, 68, também encontrou apoio fundamental na rede municipal. Ela cuida da mãe, Leonor Carpi Mateus, 90, que tem demência. Na Unidade Básica de Saúde (UBS) Edu Chaves, a mãe passou pela Avaliação Multidimensional da Pessoa Idosa (Ampi), e mãe e filha foram encaminhadas para a Ursi Santana Jaçanã. “Na Ursi, além de cuidarem da minha mãe, passaram a cuidar também de mim. Eu estava muito deprimida, porque minha vida se limitou ao cuidado dela. Quando me aposentei, achei que poderia aproveitar a vida, mas tive que cuidar sozinha da minha mãe, sem nenhum apoio. As profissionais me convidaram para os encontros mensais de cuidadores e essas rodas de conversa foram fundamentais. Além de receber dicas das profissionais de saúde, aprendi também com as experiências dos outros participantes. A cada encontro eu saio mais fortalecida porque ouço outras histórias, recebo orientações para ajudar na rotina e entendi que eu faço o que é possível”.

Segundo a terapeuta ocupacional Satie Kemoku IseJima, “olhar para a pessoa com Alzheimer de forma integral, considerando suas necessidades físicas, cognitivas e emocionais é essencial para o sucesso do tratamento e para a melhoria da qualidade de vida, tanto da paciente quanto de quem cuida dela”.

A Área Técnica de Saúde da Pessoa Idosa da SMS é responsável por planejar, coordenar e implementar políticas públicas voltadas para o envelhecimento saudável e a atenção às pessoas idosas. A coordenadora da área, Rosa Maria Bruno Marcucci, destaca que “o trabalho em rede é essencial para garantir que o idoso seja atendido de forma completa, desde a Atenção Básica até os serviços de referência. Nosso objetivo é oferecer diagnóstico precoce, tratamento humanizado e apoio aos cuidadores, porque sabemos que eles também precisam de cuidado e suporte para exercer esse papel tão importante.”

Imagens de apoio: https://we.tl/t-WdKbv2qztw

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