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Terça-feira, 2 de Setembro de 2025 | Horário: 13:02
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Premiado por colocar a capital na vanguarda da transição energética, prefeito cria Programa BioSP para uso de biometano no transporte coletivo

Durante o 12º Fórum do Biogás, Ricardo Nunes assinou decreto que estabelece regras para a aquisição de biometano e sua incorporação progressiva à frota e foi homenageado com o prêmio “Personalidade do Ano”

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, assinou nesta terça-feira (2), durante o 12º Fórum do Biogás, o decreto que institui o programa Bio SP, iniciativa que estabelece regras para a aquisição de biometano e sua incorporação progressiva à frota de transporte público e de veículos de coleta da cidade. No mesmo evento, Nunes foi homenageado pela Associação Brasileira do Biogás (ABiogás) com o prêmio “Personalidade do Ano”.

O decreto é um passo decisivo para a substituição de ônibus e caminhões a diesel por modelos movidos a combustíveis renováveis e menos poluentes. “É fundamental avançar na substituição dos ônibus e caminhões a diesel por veículos movidos a energia limpa, seja biometano ou eletricidade”, disse o prefeito Ricardo Nunes durante a assinatura do decreto. O objetivo da gestão municipal é acelerar o processo de descarbonização, promovendo a transição da matriz energética dos ônibus para fontes sustentáveis. 

O prefeito reforçou ainda a sustentabilidade financeira. “Para efeito de comparação: enquanto um ônibus a diesel custa em média R$ 25 mil por mês em combustível, um elétrico consome cerca de R$ 5 mil — uma economia de R$ 20 mil mensais, ou R$ 240 mil por ano. No caso do biometano, ainda não há preço definido”, explicou Nunes.

Além disso, o prefeito destacou que o decreto cria as bases para que a Prefeitura adquira biometano no mercado, ampliando o uso do combustível em ônibus e caminhões municipais. Atualmente, o combustível utilizado nos 125 caminhões da coleta é produzido nos próprios aterros municipais. “Mas será necessário ampliarmos a aquisição junto ao setor privado para abastecer a frota municipal”, disse. A meta é de que mais de 600 caminhões da frota de coleta ainda movidos a diesel sejam substituídos até 2027.

O biometano é um combustível 100% renovável, obtido por meio da purificação do biogás, gerado pela decomposição de matéria orgânica como resíduos em aterros sanitários, esgoto tratado em estações e subprodutos do setor sucroenergético. Na prática, a cidade transforma um passivo ambiental em um ativo energético valioso, em um exemplo claro de economia circular.

São Paulo na vanguarda
Com a assinatura do decreto e o reconhecimento da ABiogás, a Prefeitura reforça seu compromisso com as metas do Plano Municipal de Mudanças Climáticas (PlanClima SP) e com a redução de emissões até 2028.

O Programa BioSP é resultado de um Grupo de Trabalho Intersecretarial criado em maio pelo prefeito Ricardo Nunes e coordenado pela Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte, com o objetivo de incentivar o uso do biometano e do gás natural em setores estratégicos da cidade, como o transporte coletivo.

Reconhecimento nacional
Na mesma ocasião, Nunes foi homenageado pela Associação Brasileira do Biogás (ABiogás) com o prêmio “Personalidade do Ano”, entregue pela presidente da instituição, Renata Isfer. O reconhecimento valoriza as ações concretas que já colocaram São Paulo como uma das cidades líderes em políticas de descarbonização urbana. “É uma alegria ver São Paulo reconhecida por suas ações concretas em sustentabilidade. Nosso objetivo é garantir transporte público mais limpo, reduzir a poluição e melhorar a qualidade de vida da população”, disse o prefeito.

Ao entregar o prêmio ao prefeito, Renata Isfer afirmou que a decisão de São Paulo fortalece o papel do biometano como alternativa estratégica à eletrificação. “A transição energética nunca tem uma solução única. O biometano reduz emissões e aproveita o potencial dos resíduos urbanos e agrícolas da região. O exemplo da capital paulista vai inspirar outras cidades no Brasil e no mundo”, declarou.

O presidente do Conselho da ABiogás, Alessandro Gardemann, reforçou o impacto da medida: “Somente os resíduos produzidos na Grande São Paulo poderiam substituir 50% do diesel consumido pelo transporte público da cidade. Isso mostra o alcance de uma política de descarbonização moderna, que São Paulo está liderando.”

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