Secretaria Municipal de Relações Internacionais
São Paulo sedia evento sobre mobilidade humana, justiça climática e proteção a refugiados e imigrantes

A Prefeitura de São Paulo, em parceria com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), realizou nesta segunda-feira, dia 22, o evento “Mobilidade Humana, Justiça Climática e Fortalecimento das Parcerias Institucionais para Proteção e Integração de Pessoas Refugiadas e Imigrantes em São Paulo”. As discussões aconteceram no auditório da Prefeitura Municipal de São Paulo (Viaduto do Chá, 15) e teve como objetivo promover o diálogo sobre os desafios e as respostas urbanas aos deslocamentos causados pela crise climática entre poder público, organismos internacionais, sociedade civil e comunidades afetadas.
A Secretaria Municipal de Relações Internacionais (SMRI), representada pela secretária Angela Gandra, participou da mesa de abertura, reforçando o compromisso da cidade de São Paulo com a agenda climática e de direitos humanos em âmbito internacional. “Trabalhamos juntos, prefeitura, sociedade e organismos internacionais, no sentido de criarmos ações e reflexão, de forma que todos possa estar junto pela cidade, e sobre as pautas climáticas e como elas afetam a população de nossa cidade e do mundo. Neste sentido desejamos ser humanos para não sermos humanitários, chegando até eles e os acolhendo. São Paulo recebe muitas pessoas do mundo inteiro que veem em nossa cidade um lugar de recomeço, por este motivo criamos políticas públicas para receber estas pessoas que trazem juntos consigo esperança e uma diversidade cultural que enriquece São Paulo”, comenta Angela.
A SMRI atua como articuladora estratégica entre a Prefeitura, agências da ONU e outros atores globais, visando fortalecer políticas públicas locais de acolhimento e integração. “São diversas políticas públicas, que envolvem diversas secretarias como os Direitos Humanos e a Assistência e Desenvolvimento Social, que acabam absorvendo as necessidades destes migrantes, com justiça climática de forma que todos estejam seguros em nossa cidade. Poderíamos destacar várias iniciativas, mas cito como símbolo as Vilas Reencontro, que recebem essas famílias, dão acolhimento, atenção e preparam-nos para uma vida digna através de cursos de línguas, profissionalizantes e acesso às escolas e ao mercado de trabalho”, destaca a secretária de Relações Internacionais.
Mudanças climáticas e o fluxo migratório
O evento destacou a crescente relação entre mudanças climáticas e mobilidade humana, com foco no papel das cidades como espaços de proteção e inclusão. Além da SMRI, estiveram presentes representantes da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC), Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), Secretaria Executiva de Mudanças Climáticas (SECLIMA), ACNUR, e a Rede Sul-Americana para as Migrações Ambientais (RESAMA).
A programação incluiu um painel temático com especialistas abordando temas como justiça climática, cooperação internacional e experiências urbanas no acolhimento de populações deslocadas. A discussão mostrou que a questão climática é complexa, através da escassez de recursos e eventos extremos, intensifica a mobilidade humana, forçando pessoas a migrar e a deixar seus países e suas casas. Em São Paulo, essa crise climática acaba por trazer grupos de migrantes para o município, isso agrava a situação de imigrantes e refugiados, que já enfrentam desafios de saúde, emprego e moradia, e cria desafios para a rede municipal de assistência social.
“São Paulo reafirma, por meio de ações concretas e parcerias sólidas, seu protagonismo como cidade de portas abertas aos refugiados dos impactos da crise climática na vida das pessoas. Não é comum chegarmos para debater esses temas onde todos aceitam e trabalham na mitigação dos problemas dos migrantes e refugiados. Sabemos das dificuldades, afinal São Paulo tem suas características, e a cidade tem que sofrer adaptações para receber essas pessoas. Mas a administração municipal trabalha com políticas permanentes, de forma organizada e com redes de parcerias, o que facilita nosso trabalho e a vida das pessoas”, salienta a chefe do escritório da ACNUR em São Paulo, Maria Beatriz Nogueira.
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